Índice:
1. Princípios Orientadores
1.1. A educação é um direito
1.2. A educação é promotora de desenvolvimento
1.3. Pela mudança do conceito de desenvolvimento
1.4. Nova concepção e utilização do tempo
2. A Preservação dos Conhecimentos Tácitos
3. As Cartas Educativas
3.1. Equívocos
3.2. Sugestões
4. Nota Fina
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Resumo / Abstract
A educação (a escolar e a não escolar) é um direito dos cidadãos. É fundamental para o desenvolvimento expressando-se inevitavelmente numa dimensão local. É tanto mais importante quanto a situação periférica do espaço de intervenção. Deve dar-se um entendimento amplo à educação englobando todos os aspectos da formação efectiva ou potencial. Por isso mesmo ela é uma faceta da totalidade dos fenómenos sociais, pelo que exige uma interligação ou integração com outros aspectos do todo em que se insere. Nas regiões periféricas, pode assumir particular interesse estar atenta às articulações com o adensamento das relações intersectoriais. É um espaço social de interacção de múltiplos agentes sociais com diferentes consciências possíveis e olhares multifacetados.
As Cartas Educativas podem ser processos de análise e intervenção articulada em todos os níveis de ensino e entre o ensino e a investigação; de integração estratégica da educação e da formação profissional; de compatibilização do nacional, do regional e do local; de aproveitamento do conhecimento tácito; capazes de abarcar a multidimensionalidade das decisões políticas estratégicas de transformação da educação e da vida. Assentes no conhecimento da sociedade, aposta numa metodologia participativa e numa lógica de viragem para o futuro. As Cartas Educativas enquanto processo são mais do que um documento. Assentes na participação, na monitorização e numa gestão de projecto, renovam-se com a dinâmica do quotidiano e encontram em cada momento as formas de intervenção mais adequadas.
Education (school and non-school) is every citizen’s right. It is fundamental for development and is inevitably expressed within a local dimension. The more peripheral it is, the more important it is. A broad understanding should be given to education, involving all aspects of effective or potential training. This is exactly why it is an aspect of the sum of social phenomena, which means it needs to be interlinked or integrated with other aspects of the whole of which it is a part. In peripheral regions, being aware of the links with the densifying of intersectoral relations may be of particular interest. It is a social arena of interaction between multiple social agents with different possible consciences and multifaceted views.
Educational Charters can be processes of analysis and intervention that are linked at all levels of teaching and between teaching and research; of strategic integration of education and professional training; of making national, regional and local levels compatible; of making the most of tacit knowledge; capable of embracing the multidimensional nature of the strategic political decisions for transforming education and life. Based on knowledge of society, they foster a participative methodology and a turning point for the future. The Educational Charters as a process are more than a mere document. Based on participation, monitoring and project management, they are constantly renewed according to the day-to-day dynamic and find in each moment the most suitable forms of intervention.