Índice:
Agradecimentos
Introdução
Formulação da Tese
Estrutura do Trabalho
Metodologia e Fontes
1.0 Breve História dos Macololos (1822-1890)
1.1. A Origem dos Macololos
1.1.1. O Mfecane
1.1.2. Êxodos nguni
1.1.3. A origem dos Matabeles
1.1.4. Os Macololos no Baroce
1.2. Livingstone
1.3. A Nova Macolololândia
2.0 Visões de Império
2.1. Uma Expedição em África
2.2. Lobengula
2.3. As Minas de Salomão
2.4. O Coração das Trevas
2.5. “Survival of the Fittest”
2.6. Tentativas de Explicação do Imperialismo
2.6.1. Explicação económica
2.6.2. Explicação humanitário-ideológica
2.6.3. Explicação política
2.6.4. Explicação sócio-psicológica
2.6.5. Explicação tecnológica
2.7. A Falsificação da História
3.0 A Guerra Luso-Macolola (1889-1890)
3.1. Uma Expedição em África
3.2. Lobengula
3.3. As Minas de Salomão
3.4. O Coração das Trevas
3.5. “Survival of the Fittest”
3.6. Tentativas de Explicação do Imperialismo
3.6.1. Explicação económica
3.6.2. Explicação humanitário-ideológica
3.6.3. Explicação política
3.6.4. Explicação sócio-psicológica
3.6.5. Explicação tecnológica
3.7. A Falsificação da História
Conclusão
Anexos
Anexo 1 – Uma notícia do “Economista”
Anexo 2 – A nota de Barros Gomes
Anexo 3 – O editorial da “Actualidade”
Anexo 4 – Uma notícia de Angola
Anexo 5 – Um telegrama para o “Times”
Anexo 6 – O artigo do “Pall Mall Gazette”
Anexo 7 – Um poema patriótico
Anexo 8 – No teatro de guerra
Anexo 9 – O testemunho de Trivier
Iconografia
Fontes e Bibliografia
Índice das Figuras
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REIS, Luís Filipe Carmo. 2008. Visões de Império nas Vésperas do “Ultimato”. Um Estudo de Caso sobre o Imperialismo Português (1889). Edited by L. Electrónicos. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto.
Da Introdução
Em Portugal, entre os leigos em matéria histórica, é corrente considerar o imperialismo português do século XIX, em África, como meramente defensivo, como uma resposta a agressões internas dos autóctones (vistos como “rebeldes”) e ambições externas de outras potências europeias, ávidas de obterem territórios que, por direito histórico, pertenciam legitimamente aos Portugueses. Argumenta-se ainda que, de todos os impérios coloniais europeus no continente africano, o português era o menos racista, devido aos alegados “brandos costumes” e à prática da mestiçagem.
O presente trabalho pretende abalar decisivamente ambos esses pontos de vista, e mostrar, a partir de um estudo de caso (a invasão portuguesa da Macolololândia, em 1889, evento esse que suscitou o “ultima to” inglês de 1890), que Portugal se revelava tão agressivo e racista como qualquer outra potência europeia envolvida no “novo imperialismo” de finais do século XIX, traduzido na “corrida a África”.(1) De facto, os imperialistas portugueses em nada se distinguiam dos seus congéneres europeus, quer em motivações quer em “instrumentos de império” (isto é, no tipo de tecnologia utilizada pelos expedicionários), como demonstraremos no decurso do nosso estudo de caso. Se o “nível de desenvolvimento” da economia portuguesa (isto é, o “atraso” económico em relação à Europa) implicava ou não uma diferença de mentalidade relativamente aos empreendimentos imperialistas, eis o que será, também, objecto da nossa investigação.