Índice:
Introducao
1.0 Racas
2.0 Area, geografia e hidrografia
Serras
Rios
3.0 Antropologia
4.0 Historia e cronologia
5.0 Divertimentos
Batuques so para homens
Batuques para homens e mulheres conjuntamente
Batuques so para mulheres
Batuques de guerra
6.0 Marcas de tribos: usos e costumes
Vestimenta e adornos
7.0 Regime tributario
8.0 Instabilidade da populacao
9.0 Instintos guerreiros: armas ofensivas e defensivas
10. Emigracao
11. Homenagens e saudacoes
12. Constituicao da familia
13. Casamento
14. Nascimentos
15. Irmaos
16. Circuncisao ou fanacao. Calauá.
17. Divorcio
18. Obitos
19. Sucessoes, regulos e sua historia
20. Do domicilio
21. Da ausencia
22. Poder paternal e legitimidade dos filhos
23. Classificacao das coisas publicas
24. Propriedade e sua organizacao
25. Da ocupacao
26. Caca
27. Pesca
28. Fauna
1º grupo . Mamiferos monodelfos
1 . Bimanos
2 . Quadrumanos
3 . Cheiropetros
4 . Insectivoros
5 . Roedores
6 . Carnivoros
Digitigrados
Plantigrados
Jumentados
Ruminantes
Porcinos
Desdentados
Aves
Trepadoras
Pernaltas
Corredores
Palmipedes
Tenuirrostros
Repteis
Batraquios
Peixes
Articulados ou anelados
Insectos
Crustaceos
Anelideos
Gasteropodes
29. Agricultura
Trataremos do europeu
Trabalho compelido
Trabalho voluntario
Servico compelido
Agricultura indigena
Defesa das machambas
30. Flora e madeiras
1ª classe . Acotiledoneas
2ª classe . Monohypogynia
3ª classe . Monoperigynia
4ª classe . Monoepigynia
5ª classe . Hypocorollia
6ª classe . Synantheria
7ª classe . Corysantheria
8ª classe . Epipetalia
9ª classe . Hypopetalia
10ª classe . Peripetalia
11ª classe . Diclinia
31. Comercio
Comercio do indigena
32. Industria
Fundicao de ferro. Serralharia - ferreiro
Varios utensilios . Outros artigos de uso
Linhas . Fazem duas qualidades: para coser pano e para pesca
33. Navegacao
34. Justica
35. Astros, clima, meteoros e meteorologia
36. Recursos sanitarios e higienicos
37. Supersticoes
38. Guerras
39. Prova por meio de juramentos
40. Estado sanitario e assistencia ao indigena
41. Alimentacao
42. Bebidas fermentadas
43. Arrolamento de palhotas e recenseamento da populacao
44. Escolas
45. Estradas, reparacoes e construcoes
46. Pessoal ao servico do posto
47. Culturas do posto
48. Imposto de palhota
49. Correios e telegrafos
50. Conclusao
Posfacio sobre o Contexto Historico, Autor e Relatorio por Gerhard Liesegang
1. Introducao
2. Biografia de F.A. Lobo Pimentel
2.1 Percurso
2.2. Personalidade e insercao social de Pimentel
3. Situacao sociopolitica na qual a obra surgiu
3.1. Os Servicos dos Negocios Indigenas e a recolha de informacao etnografica
3.2. Contexto administrativo imediato
3.3. Situacao socio politica e economica no distrito de Mocambique
4. Estrutura do Relatorio
4.1. Contexto e Estrutura
4.2. A obra como retrato da ideologia e territorialidade coloniais
4.3. A contribuicao etnografica e historica da obra
Bibliografia e Fontes
|
Referência bibliográfica do livro: Exportação para EndNote, ProCite Exportação em Formato texto Se está registado importe |
PIMENTEL, Francisco A. Lobo. 2009. Relatório sobre os Usos e Costumes no Posto Administrativo de Chinga, 1927. 1 ed. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. Manuscrito existente no Arquivo Histórico de Moçambique.
Da Introdução
Exmo. Sr. Administrador
Ao terminar o primeiro ano da minha administração neste Posto, permita-me V. Ex.ª que exponha, em poucas palavras, o que notei durante a minha jurisdição, desde que assumi a chefia deste Posto .O cargo de chefe de posto, para quem o queira desempenhar cabalmente, dentro do possível, é claro, é muito trabalhoso e acarreta responsabilidades e desgostos.
Cumpre-me, na minha missão de europeu civilizador, como todos o devemos ser, assegurar aos indígenas o exercício dos seus direitos, bem como o gozo das vantagens que a lei lhes concede; atendê-los nas suas pretensões e reclamações justas; tratá-los com bons modos e boas palavras, sem contudo abandonar a firmeza e persistência necessárias, tratando-se de entes que não têm educação nem instrução, mas mantendo sempre o prestígio da autoridade. Mal de nós se vamos a dar ao preto muitas vantagens, que ao europeu se não dão, porque o negro não agradece, sobretudo o macua que nem tem na sua língua palavra que traduza «muito obrigado»1.
Já em 1886, ...